Party: Stardustballs: Kangding Ray (live) x Zadig x Dexter

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Party: Stardustballs: Kangding Ray (live) x Zadig x Dexter

Kangding Ray
kangdingray.com
soundcloud.com/kangding-ray

O papel social e político da música de dança é um tema cada vez mais em foco na comunidade de amantes da música electrónica. Desde logo há quem discuta se a política tem sequer lugar numa pista de dança, havendo também quem se questione como pode música essencialmente instrumental transmitir alguma mensagem. Para David Letellier as respostas são claras. O seu projecto Kangding Ray, quanto mais se afasta, álbum após álbum, das suas tendências experimentais de início de carreira, e se aproxima da pista de dança, mais se baseia em conceitos políticos e sociológicos. Em ‘Hyper Opal Mantis’, o seu LP mais recente, Kangding Ray trata o acto de dançar e sentir a música em comunhão numa pista, como um acto de resistência ao avançar da obsessão capitalista e tecnológica da sociedade moderna. E o facto é que David não se contém de todo na criação de uma massa sonora perante a qual é impossível o corpo ficar quieto e a mente ficar insensível. Cada gig seu revela um maior domínio de uma linguagem techno hipnótica portentosa, combinada com a emocionalidade que sempre esteve presente nos seus discos menos dançáveis. Sensual, rebelde e catártica, esta é a mensagem de Kangding Ray para o Lux.


Zadig
www.residentadvisor.net/dj/zadig
soundcloud.com/zadig-construct_re-form

Numa noite em que se pode dizer a estrela é o techno made in France, faz todo sentido receber de volta aquele que para muitos é o melhor DJ francês desde Laurent Garnier. O discreto e simpático Sylvain Peltier, um daqueles raros casos de um DJ de techno que não tem medo de se rir em fotografias, regressa ao Lux para nos relembrar que atrás do ar bonacheirão está uma verdadeira “fera” dos pratos. Zadig é o techno destilado e não adulterado. É o tipo de DJ que pode perfeitamente ser usado como exemplo para dar aqueles nossos amigos que nos perguntam “afinal o que é techno a sério?”. Ou dito de outra forma, o seu DJing apresenta-nos um techno sem gorduras, directo, objectivo e cheio de groove, onde a melodia serve como mera pincelada de cor em cima de uma afiadíssima base rítmica. A sensação acaba por ser algo como ver a música ao microscópio e descobrir as suas moléculas a dividirem e recombinarem-se para criar coisas absolutamente novas a partir de elementos que são sempre os mesmos. Ou talvez simplesmente música que nos pode levar a confundir as luzes da pista do Lux com estrelas. É que Zadig é mestre em teletransportar pistas inteiras sem que ninguém disso se aperceba. Beam us up!


Textos: Nuno Mendonça


Bilhetes à venda apenas na noite do evento.


:::::::::: ENGLISH ::::::::::


Kangding Ray

Dance music’s social and political role is an increasingly discussed theme amongst electronic music fans. For starters there are those that feel that politics simply have no place on the dancefloor, while there are also those who question how can music that is essentially instrumental actually transmit any message. For David Letellier the answers are clear. His Kangding Ray project gets more and more focused on political and sociological subjects, the further he steps away from the experimental beginnings of his career and the closer he gets to the dancefloor. On ‘Hyper Opal Mantis’, his most recent LP, Kangding Ray treats the act of dancing and feeling the music in communion on a dancefloor, as an act of resistance to the advance of a technologically obsessed capitalist society. And the fact is, David doesn’t hold back at all in his creation of a sonic mass that makes it impossible to keep our bodies still and our minds indifferent. Each new gig reveals an increasing skill in the usage of a portentous hypnotic techno language, combined with the emotionality that’s always been present even in his less danceable creations. Sensual, rebellious and cathartic, this is Kangding Ray’s message for Lux.


Zadig

On a night where you can say that the big star is in fact French made techno, it makes perfect sense that we welcome back the one many call the best techno DJ from France, since Laurent Garnier. The shy and easy-going Sylvain Peltier, a rare case of a techno DJ who isn’t afraid of smiling for pictures, returns to Lux to remind us that behind that cuddly look is an absolute monster at the decks. Zadig is techno distilled and unadulterated. He’s the kind of DJ that we can perfectly use as an example to show our friends that ask us “what is real techno, after all?”. Or put another way, his DJing displays a no-bulshit, direct, objectic techno that is full of groove, where melodies are mere splashes of color on top of a sharp rhythmic bed. The feeling ends up being something like watching the music on a microscope and discovering it’s molecules splitting and recombining to create absolutely new things from the same constante elements. Or maybe this is simply music that may lead us to mistake the Lux lights for stars. Who knows? It’s just that Zadig is so good at teleporting whole dancefloors without anyone realizing it. Beam us up!


Words: Nuno Mendonça


Tickets only available at the door.

Artwork: Rui Paz