Party: Alex.Do

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Alex.Do

Club: Lux Frágil

Geht: 9
Datum: 25.08.2017 23:45
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Party: Alex.Do

Nas espiras finais do vinil do primeiro (e até agora único) EP a solo de Alex.Do, “Stalker”, encontramos inscrita uma dedicatória a Andrei Tarkosvky. O significado da mesma vai para além do facto de ter sido esse o nome de um dos últimos filmes realizado pelo genial cineasta russo. É que encontramos no imaginário estético de Alex e da própria editora que lançou o disco, a Dystopian de Rødhåd, diversos pontos em comum com o de Tarkosvky. O som das suas produções e a narrativa dos seus DJ sets evocam imagens semelhantes de sonho, memórias esbatidas, levitação e reflexos distorcidos da nossa infância. E traduzem musicalmente a abordagem de planos longos, moldagem da nossa noção de tempo e tom monocromático com pinceladas ocasionais de cor do realizador.

Alex.Do nasceu, como nos recorda a sua bio, no mesmo ano da unificação das duas Alemanhas e, talvez influenciado por isso, o seu trabalho mostra também a intenção de unificar tendências e contrastes, baseado principalmente no tecer de melodias e notas aparentemente ingénuas e simples mas eficazes, por entre uma malha de ritmos rolantes e baixos furtivos, construindo uma teia onde um crescente número de vítimas (nós, o público) se tem deixado enredar de livre vontade. Alex.Do é por isso cada vez mais do que o protegido prodígio de Rødhåd, afirmando-se como uma força a ter em conta por mérito próprio, no techno actual. O primeiro passo fora de casa, por exemplo, acaba de ser dado na Life and Death dos Tales Of Us, com uma faixa na compilação “Some Things Rise”.

“Somos todos tipos porreiros”, afirma Alex sobre si e os parceiros na Dystopian, dissipando um pouco a imagem de frieza e desolação favorecida pela editora. Mas que não restem dúvidas, quando o vemos, apesar das feições angelicais, podemos imaginar um anjo num ombro e um diabo no outro, soprando-lhe ao ouvido qual a próxima faixa a passar. E por isso podem esperar, no Lux, umas horas em busca da vossa inocência perdida, com Alex.Do.
- Nuno Mendonça


\\ ENLGISH //


Etched into the run-out groove of “Stalker”, Alex.Do´s debut (and only so far) solo EP, you can find a dedication to Andrei Tarkovsky. It´s significance goes beyond that being the name of the genius Russian film-maker´s final movie before his death. In fact, you can find several common traces between Tarkovsky´s aesthetic and that of Alex and the label which put out that record, Rødhåd´s Dystopian. The sound of his productions and the narrative of his DJ sets evoke similar images of dreams, faded memories, levitation and distorted reflections of our childhood. And they also transport into music the director´s approach of long takes, manipulation of the sense of time and a monochrome look with occasional brushstrokes of color.

As his bio reminds us, Alex.Do was born on the same year of the reunification of Germany and maybe influenced by the fact, his own work also displays a willingness to unify tendencies and contrasts, mainly based on the weaving of apparently naïve and simple melodies within a fabric of rolling rhythms and furtive basslines, spinning a web where an ever-growing number of victims (us, the audience) allows itself to be trapped in delight and of our own will. Alex.Do is, increasingly, more than Rødhåd´s prodigy protégé, staking his claim in current techno, as a force of it´s own to be reckoned with. For example, he recently took his first step outside of his home base, with a track on “Some Things Rise”, a compilation on Tale Of Us´ Life and Death.

“We´re nice guys”, said Alex recently about himself and his Dystopian friends, subtly lifting the veil of the cold and desolate image favored by the label. But let there be no doubt, when you watch him play, despite his angelic features, you can glimpse an angel on one shoulder and a devil on the other shoulder, whispering into his ears what´s the next track he should spin. And this why, at Lux, you too should expect a few hours in search of your lost innocence, with Alex.Do.
- Nuno Mendonça